sábado, 16 de julho de 2011

A missão de Catequizar


    Todo cristão pelo batismo é um discípulo de Jesus Cristo; Pelo mesmo batismo ele é inserido em sua igreja como membro ativo; Uma vez membro de sua igreja, a principal missão do cristão é catequizar.  Através da Evangelização a Igreja transmite a fé que ela mesma vive, e o catequista ao catequizar torna-se um porta-voz da comunidade e da igreja. No seu trabalho catequético o catequista tem que ser consciente de que não transmite sua doutrina pessoal (cf. CR 145), e sim o tesouro da fé guardado pela igreja. O catequista é também um educador da fé, que ao transmitir os ensinamentos da igreja, ajuda o catecúmeno a viver estes ensinamentos, arraigando no seu coração o amor por Jesus Cristo, a vontade de seguir o mestre (cf. Jo 1, 37.) tornar-se testemunhas de Cristo. A Igreja assim, ao transmitir a fé através de seus membros, gera filhos pela ação do Espírito Santo e os educa maternalmente (cf. DGC 78-79). A catequese faz parte do ministério da Palavra e do profetismo eclesial. O catequista é um ministro da palavra e um autêntico profeta, pois pronuncia a Palavra de Deus, na força do Espírito Santo.  O catequista tem que ser fiel à pedagogia divina para através da catequese iluminar e revelar o sentido da vida dos catecúmenos.
Por estes motivos a catequese é uma ação eclesial e possui algumas características fundamentais que tem que ser levada em consideração:
a) favorecer um aprendizado dinâmico da vida cristã e uma iniciação integral que favoreça o seguimento de Jesus Cristo;
b) fornecer uma formação de base essencial, centrada naquilo que constitui o essência da experiência cristã (a fé, a celebração e a vivência da Páscoa de Jesus), lançando os fundamentos do edifício espiritual do cristão (cf. 1Cor 3,10-18; Is 28,16; 1Pd 2,4; 2Cor 6,16);
c) possibilitar a incorporação na comunidade cristã: nela, a catequese vai além do ensino, põe em prática a dinâmica do encontro com Jesus Cristo vivo e da experiência do Evangelho, celebra e alimenta a fé nas celebrações e na liturgia;
d) proporcionar formação orgânica e sistemática da fé;
e) desenvolver o compromisso missionário, inerente à ação do Espírito Santo, para o estabelecimento do Reino de Deus no coração das pessoas, em suas relações interpessoais e na organização da sociedade;
f) fomentar o diálogo com outras experiências eclesiais (ecumenismo), religiosas (diálogo inter-religioso) e com o mundo, testemunhando a convivência fraterna com o diferente;
g) despertar o compromisso com a ação sócio-transformadora à luz da Palavra de Deus e dos ensinamentos da Igreja.
A catequese é uma educação orgânica e sistemática da fé, concentrada naquilo que é comum para o cristão, a páscoa de Jesus. Como discípulos, celebramos e testemunhamos o compromisso com Jesus. Como catequistas educamos para a vida e vida em comunidade. Sabemos que é um processo lento e por isso tem que ser gradual e progressivo, respeitando os ritmos de crescimento de cada um. Desta maneira a catequese exerce as tarefas de iniciação, educação e instrução (cf. DGC 68).
A catequese precisa assumir as angústias e esperanças dos seus catecúmenos, para oferecer-lhes as possibilidades da libertação plena trazida por Jesus Cristo. Os anseios humanos são parte indispensável do conteúdo da catequese. Elas devem ser levadas a serio, dentro de sua realidade, a partir das experiências vivenciais do povo de Israel, à luz de Cristo e na comunidade eclesial, na qual o Espírito de Cristo ressuscitado vive e opera continuamente (cf. Medellín, Cat. 6; CR 70, 116). A dimensão antropológica da catequese se faz necessário para um bom relacionamento humano.
Fonte: Diretório Nacional de Catequese (2006) CNBB. Brasília: Edições CNBB nn. 34-44
Dicionário Catefatima: DGC: Documento Geral da Catequese 

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